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Antonímia

  A antonímia refere-se à propriedade das línguas de possuírem antônimos. E antônimos são consideradas as palavras de sentido contrário.

 

  Se observarmos as palavras em seu uso veremos que elas adquirem matizes de sentido diferenciados, cargas semânticas diversas, especializações conforme o dialeto, enfim, raramente duas palavras encontram-se em oposição (antonímia), em todos os contextos. Por isso é difícil dizer que uma palavra seja antônima de outra.

 

  Pensemos alguns exemplos que comprovem essa afirmação. Se há especializações nos usos, como é o caso de calvo e careca, então não se pode dizer que essas palavras sejam sinônimas. Ao mesmo tempo, nem sempre as palavras que são listadas como antônimas, encontram-se em oposição, como o caso de ganhar e perder. Essa oposição pode valer para o caso de jogos, mas não de ganhar presentes, por exemplo, pois nesse caso não se usa perder presentes como seu antônimo. Então, o que se pode trabalhar em sala é o valor opositivo de termos, nos textos. Pode

 

  O que se percebe quando se opta por tratar a antonímia a partir de itens lexicais isolados é uma postura dualista preconceituosa, já que um termo exclui o outro. Dentro dessa perspectiva, ou uma pessoa é normal ou anormal, ou é rica ou é pobre, ou é nova ou é velha, ou é boa ou é má. Isso significa treinar nos alunos uma redução na observação da realidade e não a sua ampliação. Além disso, cultivam-se preconceitos já tão fortemente arraigados na nossa sociedade. Por isso seria bom que o professor desfizesse os opostos marcados socialmente, ao invés de referendá-los. Trabalhando a língua em uso, o que fica é que qualquer palavra pode ser colocada em oposição a uma outra, conforme o contexto em que aparece.

Aula 1

 

 

Aula 2

 

 

Fala e linguagem

- Transtornos de articulação
- Transtornos de expressão
- Dificuldades motoras da fala
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- Dificuldades de comunicação

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