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Pressuposição

Aula 3
 
 

 

Aula 2
 

 

Aula 1

 

 O pressuposto é uma informação pouco discutida, mas que pode ser comprovada através de elementos linguísticos presentes nos enunciados. Se o ouvinte não questionar o pressuposto, ele se verá enredado nos argumentos apresentados.

 

  A esse respeito afirma:

Em síntese, o fenômeno de pressuposição parece estar em estreita relação com as construções sintáticas gerais - o que fornece uma primeira razão para tratá-lo no componente linguístico onde, evidentemente, deveria ser descrito o valor semântico dessas construções. O mesmo argumento não pode ser empregado, tratando-se dos subentendidos, pois a relação com a sintaxe é bem mais difícil de aparecer. (DUCROT, 1987, pág.19)

 

  Quanto aos pressupostos, era para que todos resistissem à interrogação, negação e intercalação, como na frase:

 

        - João parou de bater na mulher. (parou – elemento linguístico desencadeador da pressuposição)

         Pressuposto: João batia na mulher antes.

        - João parou de bater na mulher? (mantém o pressuposto de que ele batia antes)

        - João não parou de bater na mulher. (também mantém o pressuposto de que ele batia na mulher antes)

        - João, que está doente, parou de bater na mulher. (igualmente mantém o pressuposto de que ele batia na                  mulher)

 

  Ao mesmo tempo, pode-se dizer que qualquer enunciado possua um pressuposto, enquanto informação compartilhada por uma comunidade linguística. Se alguém diz: ‘A piscina está cheia’, pressupõe-se que na casa há uma piscina, caso contrário a informação possui outro sentido e o ouvinte terá que fazer um esforço para compreendê-la.

 

  A informação pressuposta pode ser trabalhada a partir de piadas, programas humorísticos, ou dentro de falas cotidianas. O mais tranquilo seria levar o jornal para a sala de aula e observar como ele joga com os pressupostos, envolvendo os leitores. As chamadas das reportagens dão a impressão de que é preciso ser interno àqueles conteúdos referenciais ali expressos, deixando implícito que quem não lê jornal está ‘fora do mundo’. Consegue-se isso com a utilização da pressuposição, na maioria das vezes. Como por exemplo, quando lemos: “Cresce no país o direito das minorias”, podemos pressupor que as minorias não possuíam muitos direitos no país, devido ao verbo crescer. Restará aos alunos buscar as informações pressupostas nos textos das reportagens e observar como elas enredam os discursos, encaminhando-os para direções bem específicas.

 

 

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